Você não acredita que é possível sentir tanta dor, medo, angustia e se perder, quando se encontra em uma situação pela qual jamais pensou que passaria, até você passar por ela.
É como o mundo desabar sobre você com toda a força e não te dar chance alguma para se levantar. É como se encontrar em uma cegueira inesperada em plena luz ou tentando enxergar na total escuridão.
Não há saída. Não há como correr ou se esconder, pois tudo está dentro de você, do seu corpo, da sua mente. E como se desvencilhar da prisão interna onde se está?
É assim com o amor, paixão ou chamem como quiserem. Quando acaba, se transforma em um tornado, causando uma imensa bagunça, confusão e deixando tudo devastado.
Me chamem de exagerada, mas quem não se sente assim quando uma relação acaba? A não ser que a mesma não tenha tido nenhum significado ou importância, a turbulência causada e suas consequencias são inevitáveis.
Você culpa. Você se culpa; Você faz chorar. Você chora; Você causa raiva. Você sente raiva; Você fere o orgulho. Você sente seu orgulho ferido; Você quer que desapareça. Você quer desaparecer...
Então você pensa: pra quê diabos serve esse tal amor, essa tal paixão se, no fim faz sofrer tanto? Sim, faz sofrer. A não ser que você seja totalmente desprovido de bom senso ou, não queira dar o braço a torcer (o que naturalmente acontece).
Eu ainda não descobri essa resposta. Alguns podem chamar de “crescimento pessoal” ou “uma forma de aprender uma lição e tentar novamente sem cometer os mesmos erros”. Eu chamaria de LOUCURA. E não é isso enfim o tal amor, a tal paixão? Uma loucura?
Pode ser. E como “de louco cada um tem um pouco”, tudo pode acontecer.
Eu caí, me machuquei e as cicatrizes ainda dão sinal de vida vez ou outra, mas eu estou tentando me reerguer. A passos lentos, às vezes complicados, eu confesso, mas seguindo enfrente.
Se eu voltarei a sentir algo assim por alguém novamente? Talvez sim, talvez não. Isso só o tempo dirá, pois confiança é um bicho complicado de se lidar e, uma vez arranhada jamais volta a ser como era. E deposita-la em qualquer pessoa, mesmo em um amigo, se torna uma tarefa árdua e que requer cuidado.
E a vida? Essa, destroçada ou com curativos, tem que continuar.
Eu voltei sim e, pior que antes!